A Invenção de Hugo Cabret (2011)



Filme de 2011 dirigido por Martin Scorcese difícil de ser enquadrado em um segmento cinematográfico sendo ao mesmo tempo uma ficção científica, uma fantasia, uma aventura, um drama, um mistério e até mesmo um romance. Adaptação do livro homônimo de Brian Selznick, pode-se dizer que o filme é uma homenagem ao cinema clássico e principalmente um agradecimento ao cineasta genial, dos primórdios da sétima arte, George Méliès (Ben Kingsley).

Neste sentido o filme tem um caráter histórico sendo uma excelente oportunidade para se conhecer a "invenção do cinema", um pouco da produção de filmes na época e também as imagens originais de filmes clássicos como Viagem à Lua (1902). Também pode ser visto na íntegra A Chegada do Trem na Estação, dos irmãos Lumière, que foi o primeiro filme comercialmente exibido para uma plateia em dezembro de 1896.

Na Paris da década de 30 Hugo Cabret (Asa Butterfield) é um garoto órfão e solitário que sobrevive escondido na estação de trem de Gare Montparnasse, roubando comida e fugindo do inspetor (Sacha Baron Cohen). Enquanto mantem os relógios da estação em funcionamento, função que herdou de seu tio alcoólatra desaparecido, Hugo junta peças e ferramentas variadas para tentar consertar um Autômato quebrado deixado por seu pai (Jude Law) de quem herdou também a habilidade com mecanismos.

A Invenção de Hugo Cabret é um filme repleto de nostalgia e emoção de uma época em que a mecânica, as máquinas e mecanismos eram as maravilhas da ciência e eram a esperança de respostas às nossas indagações e angustias. 

Ao roubar ferramentas na loja de brinquedos de Georges Méliès, um cineasta falido, Hugo é apanhado pelo amargurado dono da loja que se apodera do caderno que foi do pai de Hugo e trás as instruções para o funcionamento do Autômato. Tentando recuperar o caderno Hugo conhece Isabelle (Chloe Moretz), a afilhada de Méliès, que passa a ajudá-lo

Com Izabelle Hugo conhece o cinema e consegue a última peça do Autômato: uma chave em formato de coração que ela traz em um colar!?? O Autômato é uma referência à androide do filme alemão Metrópolis (1927) de Fritz Lang. 

A trilha sonora de Howard Shore é bonita e suave dando um tom contemplativo à obra. Também merece destaque a fotografia do filme, as imagens são grandiosas e belíssimas, as cores marcam a diferença entre a realidade da vida e a magia do cinema e o visual deslumbrante reforça o tom nostálgico do filme.

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